terça-feira, 11 de novembro de 2014

Diário de bordo - França - Dia 02

Nossa primeira foto de muitas
          Acordamos cedinho, afinal de contas estávamos em Maisons Laffitte e o trem da Karla chegava antes das 9:00 em Montparnasse e demoraríamos um pouquinho ainda para encontrá-la. Como nem só de pão vive o homem e não seria a gente se não tivesse um pouco de adrenalina, Diana tinha um compromisso e não poderia me levar até onde a Karla estaria me esperando. Como só as duas estavam com celular, ficou combinado para mim que eu esperaria a Karla em frente a Starbucks da estação e para a Karla ficou combinado que eu estaria esperando ela no Quick da estação. E foi aí que deu-se a celeuma. Por algum motivo as mensagens que definiriam um único ponto de encontro para as duas não chegaram a tempo no celular. 

          Para mim, uma emoção a parte, já que eu estaria sozinha, eu e Deus, tentando chegar até a Karla. Soma-se tudo isso a língua francesa, a qual eu não domino. No meio do caminho, ainda no metrô, passamos em frente a Torre Eiffel. Foi muito emocionante quando a vi pela primeira vez. A certeza que eu estava realmente na França.
         
Nosso almoço no indiano
          Cheguei enfim a Montparnasse e desci na estação. Andei um pouquinho e cheguei até a Starbucks. Outra emoção. Cheguei na Starbucks sozinha, sozinha, não precisei perguntar pra ninguém! Nada da Karla. Pensei: o trem deve ter atrasado, vou ficar quietinha aqui esperando. 10 minutos. Nada da Karla. Resolvi sentar e esperar. Abri o mapa da cidade. Refiz todo o caminho no mapa, caso precisasse voltar pra casa da Diana sem ter encontrado ela e a Karla. Sou neurótica, eu sei, mas já estava me precavendo. 20 minutos, nada da Karla. Pensei: gente, deve ter outro Starbucks nessa estação gigante, vou dar uma volta para dar uma olhada. Ao mesmo tempo pensei: se eu saio daqui e ela aparece e depois vai me caçar em algum lugar, ferrou. Dei uma volta e subi um andar de escada rolante. Uma Fnac. Nada de Karla e internet móvel. Voltei para a Starbucks. Sentei. As pessoas começaram a olhar pra mim estranhamente. Quando começou um vai e vem de gente do Exército na estação, comecei a ficar um pouco apreensiva. Pensei: daqui a pouco esse pessoal da Starbucks vai mandar me investigar. 30 minutos e nada de Karla.

          Subi novamente. "Não é possível! Tem outro Starbucks nessa caceta!". Ao mesmo tempo, tá ela lá no tal do Quick me xingando horrores. Nada de Karla de novo. Voltei para o Starbucks e pensei: cara, ela veio aqui nesse meio tempo, não me viu e saiu pra me caçar. Sou neurótica, principalmente quando estou nessas aventuras. Fiquei mais uns 10 minutos e resolvi explorar o local. Além do primeiro andar, subi mais um e vi quem de costas?! Saí correndo e gritando "Piri" (apelido carinhoso entre a gente). E foi aquela confusão, aquele abraço apertado, aquilo tudo que vocês já devem imaginar.

Nossa bateção de perna
          Saímos da estação e fomos dar uma volta na rua. Fomos até a Galerie Lafayette que fica ali perto e demos uma volta. Fomos até a Zara um pouco mais adiante. Depois demos uma volta na rua até o final e voltamos para encontrar a Diana. Almoçamos num restaurante indiano maravilhoso, onde o menu custava 10 euros (barato para os padrões locais). Depois fomos até a igreja de Notre Dame fazer uma visita. Eu e Diana entramos. Karla, que já está até o topo de ver igreja pelo mundo, preferiu aguardar do lado de fora, fazendo amizade com os locais. Andamos, andamos e andamos. Passamos pelo Sena, paramos para tomar um café em frente ao Centro Georges Pompidou e seguir em frente. 

         


        Seguimos até a Champs-Elysées e chegamos ao Arco do Triunfo. Fizemos a limpa na Sephora de lá e passeamos mais um bocado. Voltando, paramos em um restaurante francês incrível para jantar e eu experimentei escargô. Achei bem bom. De prato principal, pedi um steak tartare que estava divino. Tudo muito bem acompanhado de um bom vinho. Rosé, provavelmente. Se engana quem tem a ideia de que na França as pessoas comem pouco. Durante todos os meus dias, saí dos lugares passando mal de tanto comer. Depois da bateção de pernas, voltamos para a casa de Dianão nos preparar para o dia seguinte, quando eu e Karla partiríamos para Saint Nazaire, onde fica a casa da Karla e do Laurent.




Fachada da Notre Dame

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