terça-feira, 21 de setembro de 2010

Da difícil arte de almoçar em Copacabana

Se você trabalha, estuda, mora ou tem que almoçar na rua em Copacabana por algum outro motivo, deve saber o quão chato e complicado é. Principalmente para alguém tão Sr. Saraiva quanto eu _ tolerância zero.
A quantidade de velho que habita Copacabana por metro quadrado só deve ser inferior ao final de semana com seresta em Conservatória. E não, isso não é bom.
Eu adoro velho, amo minha vó que acabou de fazer 80 anos, tenho pena, ajudo, observo, reflito, mas velho é uma coisa bem sem noção.
Velho que anda sozinho então, que já perdeu a auto-censura é pior ainda.
Geralmente eu almoço no Monchique, um quilo aqui na Nossa Senhora barato e bem variado; muito bem frequentado por TODOS os velhos da região.
A exemplo do que eu estou falando, na semana passada, estou eu linda e bela com meu pratinho, servindo minha comidinha e de repente uma velha grudou em mim. Começou a conversar, pegava todas as colheres e mexia em todas as comidas. Qual não foi a minha surpresa quando olhei pra trás e vi que a velha não tinha nem o prato na mão, que ela só estava ali pra ver e mexer na comida.
Eu duvido que a mãe desta velha tenha dado essa educação de sair mexendo à revelia na comida assim, nem a minha mãe que foi a mais ausente do mundo deixou que eu fizesse isso, me colocando de castigo na mesa da cozinha todas as vezes que eu me comportei mal durante as refeições.
Eu não sei mais onde esse mundo vai parar, porque, fato, o mundo está ficando cada vez mais velho e esses velhos, por sua vez, cada vez mais mal educados...

Nenhum comentário:

Postar um comentário