sábado, 16 de outubro de 2010

Da arte de ter 27 anos

Eu realmente nunca me imaginei tendo 27 anos. Aliás, 27 anos é uma idade que não diz muita coisa, né? Você não tá debutando na sociedade, você já é maior de idade há algum tempo, você já deve ter se apaixonado e se desapaixonado, já deve ter feito loucuras de mesa de bar e depois ter sentado na calçada chorando pela paz mundial.
Não? Isso foi só comigo? Ok.
Se eu pensar friamente, ter 27 anos pra mim é muito. Eu sou uma pessoa de Peixes, último signo do zodíaco, o que significa que eu já vim à Terra outras 11 vezes e estou aqui me despedindo. Confesso que sou uma pessoa cansada. Me sinto como se fosse aquela metade do livro que o escritor escreve pra encher linguiça e vender um livro com 220 páginas, em vez de um com 10.
A parte boa da vida já passou e eu nem curtia muito. Sempre detestei ir pra escola, acordar de manhã, colocar o uniforme, e acho que, diferente de 100% dos meus amigos do Pedro II, eu não tenho saudade alguma de lá. Sabe nada, zero? Pois é. Estranho eu não ter essas lembranças boas da vida do colégio. Eu tenho muitas saudades dos amigos que eu fiz lá e não da época que eu passei lá. Era tudo tão sofrido pra mim, as provas, as aulas, os tempos vagos... Tudo bem que eu sou meio mexicana e voltada para um drama pessoal, mas eu acho isso incrível no meu repertório. Não sentir falta do que todos os outros sentem.
E eu só fui meio que começando a pensar nisso ultimamente, como era boa a época que eu ganhava mesada e não precisava trabalhar. Tinha lá meu dinheirinho, minha mãe me dava regularmente, não era uma fortuna, mas muitas vezes sobrava um pouco no final do mês. Eu não tinha aborrecimento com estagiária, com as tarefas do trabalho em si...
Mas a época boa da mesada era a época da faculdade. Como eu gostava da faculdade, puxa... Tá aí uma coisa que eu sempre desejo recuperar e sei que nunca vou conseguir. Ainda mais o tempo final do meu estágio lá, as conversas com Michellinha, Nailton, Tati, Vavá, a galera do estúdio, Sempre tinha alguém pra você fazer uma social quando não tinha o que fazer nas tardes de estágio de lá.
Saudades desse tempo bem aproveitado da vida!

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